Conheça um pouco do mundo de Dark Sun, que os #CavaleirosInsones irão jogar em 2024
Dark Sun – Próxima campanha
Saudações, aventureirxs!
Esse ano começarei uma nova campanha de Dungeons and Dragons. Como os que acompanham esse blog já viram, já narrei os cenários de Forgotten Realms e Mystara, isso fora em outras décadas que também narrei Ravenloft e Tormenta (cenário feito por brasileiros). E minha próxima ambição é narrar o cenário distópico/fantástico de Dark Sun.
Os jogadores já foram selecionados nas redes sociais dos #CavaleirosInsones, e nas próximas postagens colocarei aqui maiores informações sobre a mesa e personagens. Minha previsão para começar é em junho de 2024. E com uma novidade: a maioria dos jogadores nunca jogou com os #CavaleirosInsones, ou seja, teremos uma mesa mista entre já membros do grupo e novos membros!
Está é uma série de artigos que podem ser usados por todos, pois ajuda a qualquer jogador ou mestre à começar e ambientar campanhas em Dark Sun.
O Mundo de Dark Sun
Sob um sol carmesim encontram-se vastos desertos desolados e majestosas cidades de esplendores crueis, onde heróis calçando sandálias lutam contra feitiçaria antiga e monstros terríveis. Este é Athas, o mundo do cenário Dark Sun, um planeta moribundo de selvageria e desolação. A vida está por um fio nesta terra árida, e agora cabe aos aventureiros escreverem suas próprias histórias com sangue e glória.
Oito características de Athas
O mundo de Athas do cenário de Dark Sun é único em vários aspectos. Muitas coisas familiares do Dungeons and Dragons estão faltando ou estão viradas de cabeça para baixo.
Athas não é um lugar de cavaleiros em armaduras brilhantes e magos vestidos com seus robes, nem de florestas profundas e panteões divinos. Aventurar-se pelas areias de Athas é entrar em um mundo de selvageria e esplendor que se baseia em diferentes tradições de fantasia e narrativa. A simples sobrevivência sob o sol vermelho profundo costuma ser sua própria aventura. Os recém-chegados a Athas têm muito a aprender sobre o mundo, seu povo e seus monstros, mas as oito características a seguir resumem os recursos mais importantes do cenário.
1 – O Mundo é um deserto
Athas é um planeta quente e árido coberto por intermináveis mares de dunas, salinas sem vida, terrenos rochosos, vastidões de pedregulhos, matagais espinhosos e coisas piores.
Desde os primeiros momentos da madrugada, o sol carmesim bate num céu tingido de oliva. As temperaturas excedem rotineiramente os 38º C. no meio da manhã e podem atingir 55ºC ou mais no final da tarde. O vento é como o sopro de uma fornalha, não oferecendo nenhum alívio do calor opressivo. Poeira e areia trazidas pela brisa cobrem tudo com um lodo amarelo-alaranjado.
Neste mundo ameaçador, cidades e vilas existem apenas em alguns oásis ou planícies verdejantes. Em alguns locais não chove durante anos seguidos e, mesmo em regiões férteis, a chuva é pouco mais do que uma névoa húmida que cai durante algumas semanas por ano antes de dar lugar a longos meses de calor e seca.
O mundo além dessas ilhas de civilização é um deserto habitado por nômades, invasores e monstros famintos. Athas nem sempre foi um deserto, e a paisagem árida é pontilhada pelas ruínas de um planeta que já foi rico em rios e mares. Pontes antigas sobre cursos de água secos e cais de pedra vazios que enfrentam mares de areia contam a história de um mundo que já não existe mais.
2 – O mundo é selvagem
A vida em Athas é brutal e curta. Invasores sedentos de sangue, traficantes de escravos gananciosos e hordas de selvagens desumanos dominam os desertos e terrenos baldios.
As cidades estão um pouco melhores: cada uma sufoca nas garras de um tirano eterno. A instituição da escravidão é generalizada em Athas, e muitos infelizes passam suas vidas acorrentados, trabalhando para capatazes brutais. Todos os anos, centenas de escravos, talvez milhares, são enviados para a morte em sangrentos espetáculos de arena.
Caridade, compaixão, bondade — essas qualidades existem, mas são raras e preciosas. Só um tolo espera por tais riquezas.
3 – O metal é escasso
A maioria das armas e armaduras são feitas de osso, pedra, madeira e outros materiais semelhantes. Armaduras de malha ou placas existem apenas nos tesouros dos reis-feiticeiros. As lâminas de aço são quase inestimáveis, armas que muitos heróis nunca veem durante suas vidas.
4 – A magia arcana profana o mundo
O uso imprudente de magia arcana durante as guerras antigas reduziu Athas a um deserto.
Para lançar um feitiço arcano, é preciso reunir poder do mundo vivo próximo. As plantas murcham e se transformam em cinzas negras, uma dor paralisante assola animais e pessoas, e o solo é esterilizado onde nada pode crescer naquele local novamente.
É possível lançar feitiços com cuidado, preservando o mundo e evitando mais danos a ele, mas profanar oferece mais poder do que preservar. Como resultado, feiticeiros, magos e outros usuários de magia arcana são insultados e perseguidos no cenário de Dark Sun, independentemente se forem preservadores ou profanadores. Somente os conjuradores mais poderosos podem exercer poder arcano sem medo de represálias.
5 – Os reis-feiticeiros comandam as cidades-estados
Terríveis profanadores de imenso poder governam todas as cidades-estados. Esses poderosos conjuradores ocupam seus tronos há séculos e ninguém vivo se lembra de uma época anterior aos reis-feiticeiros.
Alguns afirmam ser deuses e outros afirmam que eles servem aos deuses. Alguns são opressores brutais, enquanto outros são mais sutis em sua tirania. Os reis-feiticeiros governam através do sacerdócio e da ganância de seus burocracias, os templários, que são profanadores inferiores e que podem invocar os poderes dos reis.
6 – Os deuses estão em silêncio
Há muito tempo atrás, quando o planeta era verde, o poder brutal dos primordiais superou os deuses. Hoje, Athas é um mundo sem divindades.
Não há clérigos, nem paladinos, nem profetas ou ordens religiosas. Antigos santuários e templos ficam entre as antigas ruínas, testemunho de uma época em que os deuses falavam ao povo. Nada se ouve agora, exceto o suspiro do vento do deserto.
Na ausência da influência divina, outros poderes ganharam destaque no mundo. O poder Psi é bem conhecido e amplamente praticado em Athas, e mesmo monstros pouco inteligentes do deserto podem ter habilidades psíquicas mortais. Xamãs e druidas invocam os poderes dos primordiais do mundo, que muitas vezes são esculpidos pela influência do poder Elemental.
7 – Monstros ferozes vagam pelo mundo
O planeta deserto tem sua própria ecologia mortal. Athas não tem gado, porcos ou cavalos; em vez disso, as pessoas cuidam de bandos de erdlus, andam em kanks ou crodlus e puxam carroças com mixes e mekillots.
Criaturas selvagens como leões, ursos e lobos são inexistentes. Em seu lugar estão terrores como o id fiend, o baazrag e o tembo. Talvez o ambiente hostil de Athas crie criaturas fortes e cruéis o suficiente para sobreviver, ou talvez o toque da feitiçaria antiga tenha envenenado as fontes da vida e infligido monstro após monstro no mundo agonizante. De qualquer forma, os desertos são perigosos e apenas um tolo ou um lunático os percorre sozinho.
8 – Raças familiares não são o que você espera
Os estereótipos típicos de fantasia não se aplicam aos heróis athasianos.
Em muitos cenários de Dungeons and Dragons, os elfos são habitantes da floresta sábios e benevolentes que protegem suas terras natais das invasões do mal. Em Athas, os elfos são uma raça nômade de pastores, invasores, mascates e ladrões.
Halflings não são ribeirinhos amigáveis; eles são caçadores de cabeças xenófobos e canibais que caçam e matam invasores em suas florestas montanhosas.
Meio-gigantes são servos brutais como guardas de elite e executores dos reis-feiticeiros e seus templários em muitas cidades-estados.
Não existem orcs. Nem gnomos. Muitas dessas raças já existiram em algum tempo, mas foram extintas em guerras do passado. O mundo é cruel.
Considerações
No próximo artigo de Dark Sun, colocarei como são os personagens do cenário, como raças, classes e outras características especiais. Até lá.
E rolem dados!