Venha conhecer a Grande Tribo Ancelot, nação de Maiddenland, um cenário de RPG de mesa para qualquer sistema.
Maiddenland
Saudações, aventureiros!
Continuando com o material que me foi deixado pelo João Antônio Souza, introduzido no artigo Maiddenland aqui nos #CavaleirosInsones, deixo mais uma nação desse cenário de RPG
Maiddenland é uma terra caótica, xenofóbica, e que passa por ciclos de guerras pela supremacia de eras em eras. Quando apresentado para novos jogadores, é entregue um cenário incompatível entre eles, mas que, ao começar a desenvolver a história, descobre-se várias ligações. E aqui você mergulhará na Grande Tribo Ancelot, de malignos draconatos guerreiros e conquistadores.
Ao concluir esta série de artigos, compilarei um único artigo no qual terá organizado cada nação para referência rápida do mestre e jogadores. Utilizem qualquer sistema fantástico que desejem, pois o artigo aborda exclusivamente somente a história invés de regras, mesmo ele tenha sido elaborado para uma mesa de jogadores de Dungeons and Dragons.
Atenção: O material das nações são apresentados para os jogadores que irão jogar em cada nação. Se você, mestre, vai utilizar esse material, alerte os jogadores para que não leiam as outras nações, com risco de receberem spoilers e atrapalhar a experiência de jogo.

Maiddenland – Grande Tribo Ancelot
História:
“Viemos do fogo, das profundezas da terra e como ele, consumiremos tudo com nossa ira. ”
Os terríveis draconatos surgiram da imensa explosão que aconteceu no vulcão que outrora era inativo e totalmente desconhecido por seus antigos donos. Como o fogo que caiu por todo o lugar ao redor da gigantesca montanha Singular, os draconatos saíram das frestas abertas pela lava e começaram sua onda de destruição varrendo tudo que estava em sua frente.
Pouco se sabe sobre como ou o que causou o repentino surgimento desta raça no continente, mas é conhecido por todos que seu único objetivo é destruir tudo e todos em seu caminho. Com a explosão da montanha, os draconatos passaram a saquear e a destruir plantações e os arredores das terras de Orlyns e também do Shogunato, matando todos em seu caminho, sem deixar sobreviventes.
Rapidamente os homens-lagarto começaram a se organizar em pequenas tribos lideradas por aquele que se mostrasse o mais forte em determinado grupo e assim foram se estruturando aos poucos. Foram formando uma sociedade baseada na lei do mais forte onde o guerreiro mais notável assumisse a liderança e a tutela daqueles inferiores a ele.
Com o passar dos séculos, os draconatos foram conseguindo estabelecer suas fronteiras ao sul e só pararam de se expandir nas terras orlenses quando sofreram uma derrota pelos exércitos do senado ao tentarem invadir a capital do pais.
Após tomarem boa parte do território de Orlyns, os homens-lagarto viraram seus olhos para o Shogunato e deu-se início a invasão dos povos do lago que só terminaram mais de cinquenta anos depois quando foram derrotados pelo atual Shogun Ametsuchi Takeda estabelecendo assim de forma definitiva ambas as fronteiras do domínio draconato, uma mancha nas terras de Maiddenland.
Apesar de terem conquistado um território considerável, os draconatos ainda não possuíam uma sociedade estruturada e não tinham uma liderança definida, o domínio era composto de inúmeras tribos, cada uma com seu estilo e organizações próprias. Essa desordem e falta de liderança causou inúmeras brigas internas e muitos clãs guerrearam entre si após terem se estabelecido as fronteiras, todos queriam assumir o controle da grande horda.
Foram muitos anos de conflito e isso quase levou a extinção da raça que acabara de surgir, tivessem os outros reinos descoberto o quão enfraquecido ficara a horda devido as suas constantes lutas, teriam invadido as terras recém conquistadas e terminariam eliminando a raça dos draconatos da face da terra.
Mas como a chama nunca pode se extinguir, dois líderes começaram a se destacar na sociedade dracônica, são eles Dargor e Arwald, suas tribos mudaram suas posturas em relação as outras e mudaram a maneira como lidavam com as disputas para alcançar o poder.
Estes dois mudariam para sempre o domínio dracônico e fariam deles a verdadeira ameaça que tanto desejam levar para o Continente.
Ambos os líderes conseguiram unificar muitas tribos sob seu estandarte, mas ainda assim, os dois líderes precisavam decidir quem seria o verdadeiro chefe de todo o domínio draconato. Arwald e Dargor por muito tempo trocaram farpas e ambas as tribos se viram à beira da guerra até que uma misteriosa figura surgiu de dentro do vulcão, um draconato trajando roupas estranhas que dizia ser o “sacerdote do Dragão” e que possuía conselhos para o povo lagarto.
Mesmo com a aparição da estranha figura, ambos os líderes não cessavam seus inúmeros embates, o sacerdote interviu dizendo que para resolver de fato essa contenda sem derramar o sangue de milhares, ambos os líderes deveriam travar um duelo e o perdedor deveria se submeter ao vencedor.
O sacerdote disse também que para que o povo do vulcão possa realmente ter um líder verdadeiro, esse embate deve ser travado no exato local onde a raça surgiu. E então, Awald e Dargor foram levados para o coração do vulcão e lá travaram seu duelo que não foi visto por ninguém além do sacerdote. Quando os dois retornaram, estavam decididos a se unirem ao invés de lutarem entre si e se prepararem para a Grande Guerra que se aproxima.
Disseram para todos que conheceram seu criador no coração do vulcão, um imenso dragão que estava atualmente preso num gigantesco rio de lava que corre nas profundezas da terra, receberam uma profecia de que na hora mais escura seriam cobertos pelo fogo purificador e que os filhos das chamas conheceriam o verdadeiro significado da ira e o verdadeiro calor das chamas profundas.
Divisão Social
Os draconatos são uma sociedade tribal, dividida entre funções determinadas quando um filhote alcança a idade adulta. Todos os draconatos passam por um ritual de iniciação que consiste em adentrar o incandescente vulcão e receber as marcas proféticas do imenso criador que habita as profundezas.
Lá eles recebem marcas que ditarão suas atividades para o resto de sua vida como também são agraciados com uma profecia do Grande Dragão a qual devem se esforçar ao máximo para alcançar e da qual não podem fugir.
Aqueles que não conseguem chegar até o criador ou resistir as escaldantes marcas perecem e são considerados indignos de habitar no mesmo solo que seus irmãos. Depois de receberem as marcas e a profecia, os jovens draconatos, agora adultos retornam para seu povo e são recebidos com festas e sacrifícios para o Dragão aprisionado.
O domínio dracônico não possui um corpo militar organizado, todos os guerreiros escolhidos pelo Grande Dragão passam grande parte do tempo protegendo as fronteiras ou lutando contra os impuros, draconatos que se recusaram a entrar no grande vulcão por temerem morrer pelas marcas ou pelos inúmeros perigos contidos no interior da grande montanha.
Os guerreiros que são enviados para as fronteiras montam guarda e treinam incessantemente em sangrentos confrontos.
Os draconatos não constroem cidades nem monumentos de pedra, suas casas são feitas de madeira, cabanas feitas de peles de animais ou são enormes tendas onde muitos habitam de forma comunal. Muitos acampamentos reúnem seus habitantes e cada um vive sua vida segundo sua função estabelecida pelo Grande Dragão, estas são as “cidades dracônicas”.
Os impuros são hostilizados pelos demais por não passarem pelo ritual de iniciação e por isso são forçados a se distanciar dos acampamentos e muitos formam seus próprios subúrbios ou são obrigados a se marginalizarem para conseguir sobreviver.
Religiões e Crenças
Até a poucas décadas atrás, os draconatos não possuíam uma religião e se preocupavam única e exclusivamente com a guerra. Tudo isso mudou com a chegada do Sacerdote do Dragão, ele começou a implantar a religião que mudaria para sempre a estrutura social do domínio e faria com que todos se unissem sob um único objetivo.
Quando retornou com Arwald e Dargor do grande vulcão, o sacerdote passou a pregar para as massas e a chamar discípulos que se responsabilizaram pelo cuidado com os feridos, curando guerreiros que se feriam em seus treinamentos, agricultores que contraíam doenças e etc., além de manter firme a fé de todos no Grande Dragão que repousa no vulcão.
O Sacerdote do Dragão passa a maior parte do tempo nas ruínas que circundam o vulcão e que misteriosamente não foram destruídas quando este explodiu a séculos atrás. Muitos o procuram para receber conselhos ou quando seus discípulos não conseguem resolver os diversos problemas que surgem no povo.
Acredita-se que ele é o único que consegue entrar em contato diretamente com o Grande Dragão sem precisar descer até as profundezas da montanha, dizem que ele possui uma espécie de conexão com a terra que o faz transcender seu corpo para qualquer lugar sem precisar se mover.
Personalidades importantes

Arwald
- Idade: Desconhecido
- Altura: 2m
O líder da segunda maior tribo de todo o domínio, Arwald aprendeu muito enquanto invadia as terras orlenses ao sul. Ao contrário de seus compatriotas, Arwald é um guerreiro que se interessou não apenas pela destruição desenfreada, mas também em estudar e compreender as artes arcanas, mesclando a inteligência e organização dos orlenses com o poder destrutivo dos dracontanos.
Uma poderosa e mortífera mistura, grande parte dos guerreiros desta tribo passaram a se interessar pelas artes arcanas se espelhando em seu líder, os ferreiros da Tribo dos Filhos de Arwald produzem itens semelhantes aos orlenses devido ao conhecimento obtido através dos saques e das cidades conquistadas e destruídas pelos homens-lagarto.
Arwald também aprendeu muito com sua derrota pelas mãos do senado e atualmente estuda formas de espelhar a estratégia orlense para utiliza-la na Guerra de Unificação que se aproxima.

Dargor, O trovão
- Idade: Desconhecido
- Altura: 2,35m
O terrível Dargor aterrorizou as terras do shogunato destruindo tudo em seu caminho como um trovão que atravessa os céus. Este temível guerreiro só foi parado pelo maior combatente do reino adversário, Takeda Ametsuchi, o qual nutre um rancor que o consome por dentro todos os dias após aquele conflito.
A maior batalha que Dargor já travou em sua vida foi contra o shogun, este confronto lhe custou um olho e o deixou uma cicatriz que exibe uma mistura de ódio e orgulho que o faz lembrar o poder de seus inimigos.
O chefe da maior tribo do domínio alcançou esta posição após desafiar o antigo líder, seu próprio pai e vence-lo em um combate até a morte. Com os constantes conflitos entre tribos menores, Dargor decidiu que a melhor estratégia para os finalizar seria o enfrentamento direto, porém de uma forma mais horada.
Dessa forma, ele passou a desafiar todos os chefes de tribos menores sob uma condição: O perdedor e toda sua tribo deveriam se submeter a ele e serem absorvidos por sua horda. Assim Dargor foi vencendo todos os líderes até chegar em Arwald, do qual nunca chegou a enfrentar diretamente, pois, fora interrompido pelo Sacerdote do Dragão que conseguiu pôr um fim a este combate antes mesmo dele iniciar.

O Sacerdote do Dragão
- Idade: Desconhecido
- Altura: 1,85m
Esta misteriosa figura surgiu das profundezas do vulcão quando toda a raça estava à beira de uma guerra que provavelmente a levaria a total extensão. Resolvendo de uma vez por todas os conflitos internos entre os draconatos, este sacerdote sem nome passou a pregar sobre a criação da raça e a respeito da prisão em que seu criador se encontra na gigantesca Montanha Singular.
Começou a escolher discípulos e espalha-los pelas terras do domínio para contar a todos sobre o Grande Dragão que habita a Montanha.
É também o responsável por estruturar todos os costumes e crenças do povo, trazendo para as novas gerações o rito te iniciação na vida adulta que define as funções sociais de cada um dos novos draconatos nascidos fora do grande Vulcão.
Apesar de ser uma figura misteriosa e que se isola nas altas ruinas em volta do Grande Vulcão, sempre responde aos apelos daqueles que o procuram por auxílio.
O Bardo

- Idade: Desconhecido
- Altura: 1,74m
Uma figura estranha e estrangeira, apesar de ser bem carismático e amigável, muito pouco se sabe sobre O Bardo.
Mesmo não sendo nativo do deserto, ele é respeitado pelos Akensamun e aparentemente por outras raças de Maiddenland.
Ele é o único que tem a liberdade de atravessar as fronteiras do reinos sem ser hostilizado pelos demais habitantes. Suas canções são uma dádiva que adquiriu de forma misteriosa, na verdade, tudo que permeia este jovem humano é um mistério, ninguém sabe o porquê de sua constante peregrinação e qual ou quais os motivos de sua vida nômade e solitária.
Nunca ficando mais de um dia no mesmo lugar, sempre viajando sozinho e entoando suas canções em tavernas e até mesmo nas cortes dos reis do continente, acredita-se que é por sua causa que os monarcas sabem o mínimo de seus adversários, pois ele sempre leva algumas notícias para todos os cantos de Maiddenland.
Atualidades da Grande Tribo
Hoje, com o aproximar da Batalha de Unificação, os dois líderes preparam seus guerreiros para a guerra, finalmente seus ardilosos treinamentos serão postos em prática. O sacerdote do dragão está reunindo seus discípulos para realizar um estranho ritual do qual ele se recusou a dar mais detalhes até mesmo para seus pupilos mais próximos, mas ele diz que o sucesso de tal rito será decisivo para a vitória dos draconatos na Grande Guerra que se aproxima.
Apesar de estar finalizando o treinamento de novas tropas, Arwald está escolhendo alguns de seus soldados para uma missão da qual só revelará quando estiver com um número de voluntários substancial para o cumprimento de tal tarefa. Há boatos de que ele esteja planejando enviar um grupo para algumas ruínas orlenses próximas as fronteiras do Sul para obter algum tipo de informação ou item que influenciará de alguma forma no desempenho de suas tropas na Grande Guerra.
Os temidos guerreiros de Dargor se prepararam por muito tempo para este momento que se aproxima, ansiosos por enfrentar os exércitos do Shogunato novamente. O Trovão está finalizando o treinamento de novos guerreiros recém-chegados e atualmente procura formar um grupo com os melhores para manda-los e uma última missão de busca e destruição de um bando de Impuros que vem saqueando e destruindo alguns acampamentos próximos da fronteira ao norte do domínio.
Considerações
O conteúdo escrito aqui foi feito pelo João Antonio, e editado/atualizado por Fernando Afonso. Somente algumas correções foram feitas, mas a essência do que foi digitado é de autoria do João Antonio, que liberou os direitos de copyleft (CC BY) para quem quiser utilizar seu material.
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