Uma Jornada aos Infernos – Parte 1

Para quem encontrar essas páginas, favor entregar aos remanescentes dos Libertadores de Phandelver.

Ethena Astorma “Storm” Silverhand

1476 C.V.

 

inferno

PRIMEIRO TOMO – AVERNUS

Caros,

Estou escrevendo esta linhas como um exercício de memória e fugir da loucura que é passar um ano em uma dimensão que consome suas energias. Já passei tempo demais, mas prometi cumprir essa jornada, não por mim ou pelos meus companheiros, mas por minhas irmãs que estão presas em um círculo de manipulação, e que logo serão sacrificadas. Com a ajuda dos Harpistas e dos Libertadores, esta missão está sendo a mais importante da minha vida, e estou disposta à sacrificá-la se for em prol de um bem comum.

storm
Storm Silverhand

Estamos ao resgate do meu amigo Elminster, que está aprisionado em algum nível dos Infernos. Somente ele poderia nos ajudar no caso que eu chamo de “Projeto Sombras dos Ashmadai“. E pensar que, se tivéssemos destruídos os Imarskarcanas, nada disso estaria acontecendo…

Há alguns dias, andando pelo primeiro nível, Avernus, o grupo caiu em uma onda de loucura, que também me pegou desprevenida. Fui capturada por Garadon, um diabo com a ambição de destronar a Arquiduquesa Zariel. Ele me usou como peça de barganha para fazer com que os Libertadores invadisse uma suposta fortaleza de Zariel, e roubassem uma poderosa arma. Sem opções, e cercados pelo exército de Garadon, os aventureiro toparam o acordo com o Diabo das Profundezas, o que condenou a todos, inclusive Garadon.

Eu apenas pude observar, sem reação, o que aconteceu. O grupo entrou na maldita “Torre dos Ossos”, e de todo o grupo de 8 experientes aventureiros, somente um saiu: Oskar, nosso clérigo, com uma maça, a “Estrela da Perdição”. Quando Orkar ia entregar a arma, Zariel apareceu e acabou com a brincadeira de Garadon. Garadon pensou que estava manipulando os aventureiros, mas era Zariel que manipulou todos!

Ela não conseguia entrar na Torre pois esse artefato era de Bel, antigo regente desse nível dos Infernos, e por meio de manipulação e boatos, fez com que Garadon fizesse um plano para tentar entrar. A torre não permitia a entrada de diabos, mas não falava nada de seres extraplanares (como nós). Foi tudo o que ela queria, e fez que Garadon também quisesse! Destituído de seu status, Garadon caiu em desgraça, e por um acesso de “bondade”, libertou-me e recompensou Oskar com passagem livre pelo nível dela.

00 Oskar
Oskar Stonefist

Libertada, pude avaliar o que estava acontecendo. Os aventureiros tiveram que correr contra o tempo, e desvendar como abrir o cofre da torre. Pelo jeito, todos morreram, até uma estranha mulher encontrada no deserto, um pouco depois da minha captura.

Nosso desafio seria agora ir juntos pelos infernos: eu, Oskar, e nosso guia, um imp chamado Ehursru-Dur. Quando vi nosso grupo, pensei logo em voltar para Faerüm. Nossa jornada fracassara, mas quando estava procurando um pergaminho (gentilmente devolvido dos meus equipamentos por Zariel…), recebi uma mensagem mágica! Era Farengar! Nosso mago sobrevivera! E se ele sobreviveu, provavelmente os outros também!

Com alguns dias de descanso, e preparação mágica, descobrimos que os Libertadores se espalharam pelos vários níveis dos Infernos! E que teríamos que descer um por um para encontrarmos eles, já que eles estariam sozinhos, e pelo menos eu estava junto com os outros (o guia e o clérigo).

Quando estávamos nos preparando para ir, fomos abordados pela estranha Aira, a garota resgatada pelos Libertadores. Quando a vi, algo em mim me alertou que ela não seria uma boa pessoa, mas ela pelo jeito estava disposta a ajudar. Oskar também ficou atrás pois antes a garota parecia não lembrar-se do passado, mas algo no olhar dela estava determinado, e mesmo alegando ainda não lembrar do seu passado, disse que ajudaria com o que pudesse.

Utilizamos o resto de boa vontade de Zariel, nos equipamos com itens de sobrevivência, e partimos para o Segundo nível: DIS. Estamos na jornada em busca de Farengar, nosso mago adivinho.

Storm Silverhand


 

inferno

SEGUNDO TOMO – DIS

Caros,

Conseguimos entrar em DIS, e andando por algumas dezenas de dias, conseguimos localizar Farengar. Seu relato do que ocorreu no período que passamos procurando ele é de assustar, então pedi que ele reproduzisse tudo em um tomo, para que possamos documentar, ou caso fracassemos em nossa jornada, que outros saibam o que aconteceu.

Storm Silverhand

***

Meu nome é Farengar e estou escrevendo sobre minha estadia nesse literal inferno de lugar como forma de manter minha sanidade, ou pelo menos eu espero que funcione assim, já que loucos são aqueles que conseguem ficar sãos em face de tamanha adversidade. Não me lembro de muita coisa sobre como eu vim parar aqui, seja lá onde eu esteja, mas com certeza devo estar em outra camada infernal.

farengar
Farengar

O cenário aqui é diferente das planícies desérticas de onde viemos, todo o terreno é montanhoso e acidentado. O vento também é um grande inimigo e minhas feridas ainda doem do contato com as rajadas de areia. Também fiquei impressionado com a facilidade que um pode se perder por aqui se não estiver seguro da direção que quer ir, já que esse local se assemelha mais a um labirinto do que uma serra ou cordilheira comum, até na formação rochosa o local é traiçoeiro!

Depois de alguns dias vagando na direção do que eu acredito ser o centro deste plano e sofrer inúmeras intemperes como fome, sede e outras já citadas acima, finalmente acho um local que parece me dar um mínimo de alivio a esse sofrimento.

A distância parece apenas uma falha na montanha, porém, quando me aproximo vejo com clareza o que já estava a minha frente a um bom tempo: uma construção antiga, com cerca de 60 metros de altura ou mais, entalhada na montanha e grandes colunas na frente que mais pareciam estar segurando a montanha de desmoronar sobre a entrada daquele local aparentemente inóspito.

Ao entrar no que agora sei ser um templo, me deparo com um sarcófago em uma das câmaras, que contem em sua lápide o seguinte nome e inscrição:

“Iliamahast Aeiulvana. Aqui jaz meu irmão, e minha ruína – V.A.”

Eu não desconfiaria sobre a identidade ou a importância de quem deixou isso aqui normalmente, mas ao olhar com mais calma o nome entalhado na lápide, minha curiosidade foi atiçada, já que o nome Aeiulvana me parecia estranhamente familiar.

Depois de algum tempo perdido em minhas memórias eu finalmente lembro de onde o nome me era familiar! Aeiulvana, o mago real de Cormyr teria enterrado aqui seu irmão? E por que o seu irmão seria sua maior ruína? Seria essa uma pista quanto a nossa busca por Elminster?

Enfim, abro o sarcófago e vejo que minhas previsões estavam corretas quanto a identidade do Corpo que estava ali, pois a cor marrom avermelhada das suas vestes é uma característica dos magos Reais de Cormyr. Pego os pertences que estão ali, já que com certeza eu farei um melhor uso, isso inclui o “diário”, que estou a escrever neste momento, e um grimório para eu decifrar, pois estão na língua local.

Depois de alguns dias lendo o grimório e me alimentando de insetos e outras coisas repugnantes, descubro uma magia que permitiria o acesso ao Demi Plano especifico daquele mago, em que ele teria guardado suas posses mais preciosas e itens poderosos, além de componentes para magias especificas. Ao me conectar com o plano descubro uma verdadeira fortuna em itens mágicos como um cajado poderoso, uma capa de proteção e alguns anéis também com a mesma finalidade.

Porem ao observar os componentes mágicos meu coração palpita forte de tanta alegria, já que dentre eles estão: um portal em miniatura esculpido em marfim, um pequeno pedaço de mármore polido, e uma minúscula colher de prata! Os exatos componentes que eu precisava para abrir minha mansão mágica!

Faz algumas semanas desde que passei a viver na mansão dimensional e sinto que não estou progredindo. Sigo fazendo incursões a procura de pistas sobre algo que mude minha sorte, seja algo sobre o paradeiro de Elminster ou dos próprios libertadores. Espero que eles tenham tido um destino juntos e não que estejam sozinhos como eu estou. Continuarei a fazer de tudo para os achar e sair desses infernos o mais cedo possível.

***

Encontramos Farengar por um acaso – ele nos encontrou, na verdade – e com a ajuda dele, conseguimos achar a Cidadela de Dis, onde conseguimos um portal para o próximo nível: Minauros.

Storm Silverhand



Saudações Aventureirxs!

Na próxima postagem, descobriremos mais personagens do grupo dos Libertadores de Phandelver, e como Thalionhir (o psiônico) e Palutena (a barda) foram resgatados.

E rolem dados!

 

Noble Knight Games

Acessórios (12) Adaptação (38) Apresentações (16) Blog Antigo (19) Board Games (5) Cinema (8) Contos (10) Dark Sun (13) Downloads (11) Dungeons and Dragons (91) Internerd (13) Jogo Eletrônico (5) Mesa dos Insones (65) Notícias (49) Pensamentos (28) Role-Playing Games (91) Storyteller (6) Teoria (25) Vídeo (6) World of Darkness (6)

Meta