Conheça dicas para criar e interpretar um personagem de RPG de mesa marcante para você e todos os que jogarem com ele.
10 dicas para criar um personagem de RPG de mesa marcante
Saudações aventureirxs!
Jogos de RPG de mesa são um exercício de interação e imaginação que os participantes experimentam em graus diferentes, dependendo da imersão do próprio jogo em si.
Isso deve-se muito ao mestre, que tem a responsabilidade de narrar o cenário e os personagens dele, e aos jogadores, que tem “apenas” que interpretar seus personagens.
Aí nos remete ao objetivo do artigo. Que tal você ser a “cereja do bolo” na aventura/campanha que você joga? Que tal seu personagem se destacar, e não ser apenas um personagem que acompanha os demais?
Ou melhor, que tal você fazer um personagem marcante o suficiente que será lembrado por muitos anos pelos outros jogadores e pelo seu mestre/narrador?
Trago hoje para nossos visitantes algumas dicas para transformar aquele personagem “feijão com arroz” em algo épico, independente do sistema que você vá jogar.
Criando e interpretando um personagem de RPG marcante
Abaixo temos algumas dicas para que seu personagem de RPG de mesa seja lembrado por muitos anos.
Preencha uma ficha de personagem de forma única e inovadora
Quando falamos de “única e inovadora”, estamos falando para fugir da criação padrão do personagem. Claro que isso pode significar fugir um pouco do conceito do personagem em si, mas essa é a ideia!
Invés de criar um “guerreiro com espada e escudo” comum, usando uma build básica do livro de regras, que tal inovar e colocar armas diferenciadas? Ou até mesmo fugir do esteriótipo, como o “guerreiro durão”, pode ser um “guerreiro que não mata”, ou um “guerreiro que é subestimado por usar uma arma fraca?”
Desenvolver a ficha a partir de premissas únicas é um desafio notável, e por si só já diferencia personagens comuns para personagens marcantes.
Crie elos com o passado
Um personagem com passado, e que enfatiza ele com certa frequência, é um personagem que deixa um legado.
Citar outros personagens do livro de cenário, colocar ele em fatos narrados nos livros, e até como conhecedor de NPCs importantes, sendo mentira ou não, traz uma carga de dramaticidade.
Esses elos não precisam ser necessariamente personagens famosos, mas personagens presentes na narrativa do jogador.
Procure encher o personagem de personalidade própria
Fuja de personagens que parecem com você! Não “se interprete” no jogo. Faça um personagem que seja ele, e você seja você.
Interpretar um personagem é um desafio de abstração, e muitos jogadores se sentem confortáveis interpretando “ele próprio”, com seus próprios trejeitos e falas.
Um personagem marcante é aquele que supera isso, ele tem identidade própria, e é lembrado por ele e não por você. Dê uma vida própria para seu personagem. E seja você lembrado por ter criado esse personagem.
Escolha um nome marcante e que fique sempre em evidência
Vá além da ficha
Um personagem de RPG de mesa não é só uma ficha. Traga ele para fora desse universo.
Se seu sistema usa miniaturas, procure criar uma própria para ele. Se o uso de imagens é muito utilizado na mesa, procure desenhar seu personagem (ou contrate alguém para tal serviço).
Se for uma mesa temática, que tal começar a jogar fantasiado do seu personagem? É demais? É. Imersão total!
Utilize de gestos, mude a voz, aplique tiques e sotaques próprios… Vale tudo!
Defina objetivos, ambições e características únicas
Um personagem de RPG que só segue o grupo nunca é lembrado. Então deixe o personagem mais marcante, dando objetivos claros, ambições e características únicas.
Personagens que busque, em jogo, seus objetivos, e traga consigo outros personagens para suas ambições ficam marcados para sempre na mente dos jogadores.
Trejeitos e manias também são bem marcantes. Descarregos cômicos, frases bem colocadas, ou até bordões/motes também transforma esse personagem em um clássico imediato.
Não seja coadjuvante
Não transforme seu personagem em mais um do grupo. Procure deixar ele em evidência sempre. Mas cuidado com isso.
Não tire o brilho dos outros personagem querendo ser sempre a estrela do grupo. O melhor astro é aquele que traz consigo todos ao seu redor. Brilhe com os outros, e não acima deles.
Mas também não fique por baixo! Seja estrela. Traga humor, ação e protagonismo!
O personagem tem que ser o melhor no que faz
Lembra que falamos das características? Ele tem que ser o melhor naquilo que faz. Se ele é um mago, tem que ser o melhor mago (mesmo que não seja). Se ele é o ladino, tem que ser o melhor ladino (ou ladina).
Novamente, enfatize as características no que ele é melhor. E melhor aqui não é sinônimo de bom no que faz, mas sim no que “vende”.
Desenvolva medos e fraquezas
Um personagem também é lembrado pelas suas fraquezas. De origem cômica ou até sistêmica, você enfatizar essas fraquezas no jogo, não se apegando à regras do sistema ou coisas da ficha, deixa seu personagem mais marcante.
Não precisa ser algo necessariamente debilitante, muito menos que atrapalhe o andamento do jogo. Algo meramente interpretativo é algo bom de se ver em uma mesa.
O personagem pode ter algum medo de aranhas, de locais escuros, ou até alguma intolerância à alguma comida ou bebida. Adote peculiaridades que dê mais corpo ao personagem, mesmo que não esteja previsto nas regras.
Seja criativo (ou se inspire em algo criativo)
Todas as dicas aqui são voltadas para a criatividade, mas claro que nada surge ao acaso. Procure se inspirar em outros personagens, como na literatura, cinema, novelas, músicas, etc.
Vale também se inspirar em outros amigos de mesa, em outros jogadores (como em streamings de Youtube ou Twitch). Pesquisa é essencial.
Divirta-se!
Essa é a dica essencial. Não adianta você elaborar um belo personagem, e não se divertir junto com seu grupo de amigos. Você está lá jogando para divertir-se coletivamente.
Se algo na imersão do personagem não esteja agradando algum dos participantes da mesa, isso não é divertido. Hora de rever, ler as dicas novamente, ou até mesmo mudar de personagem.
E claro, é sempre bom frisar: se diverte com os amigos, e não em cima dos amigos. Não faça bullying, não seja fanfarrão, e além de tudo, respeite todos na mesa.
Se tiver alguma história que quer compartilhar, comente nese artigo. Vamos trocar experiências!
E rolem dados!
Créditos da capa: Blazbaros