Uma Jornada aos Infernos – Parte Final

“O que se pode fazer quando estamos na casa do próprio Senhor das Infernos? Lidar com ele como ele lida conosco.”

Ethena Astorma “Storm” Silverhand

1477 C.V

inferno

NONO TOMO – NESSUS

Para quem está lendo essas breves palavras, já deve imaginar: o grupo autodenominado “Libertadores de Phandelver” conseguiram concluir sua missão com êxito. Estou terminando de escrever esse tomo para entregá-lo em breve a Candlekeep. Valerá como pesquisa acadêmica para os Infernos. Mapeei o que encontrei, fiz várias anotações, e esses tomos que usei como diário poderão ajudar outros aventureiros que poderão, um dia, querer cometer a loucura que cometemos.

Quando recuperamos Chrystall, e ela falou sobre um diabo das profundezas que estava de posse de uma das Imaskarcanas, o grupo ficou dividido entre concluir a missão ou resgatar tal item poderoso. Era um plano arriscado, mas tínhamos vários fatores que elencamos e foram favoráveis: Scarab era ganancioso, e almejava tomar o lugar de Asmodeus. Ele estava só, pois tal artimanha traria a visão do Príncipe dos Infernos. E depois da batalha com o grupo Punhos da Justiça, ele estaria fraco.

Encontramos o covil de Scarab: um castelo em ruínas, prestes a cair sobre si mesmo. A batalha foi intensa, com algumas mortes, mas conseguimos em um golpe de sorte acabar com ele! Fugimos a tempo do castelo ruir em sua carcaça. E recuperamos um dos artefatos: uma manopla.

Enquanto descansávamos, tivemos uma traição: Aira roubou o artefato para si. Os detalhes foram meio obscurecidos pelo nosso ladino Mordai, que disse que ela tinha seus motivos. Isso causou uma discórdia entre o grupo, mas logo foi sanada pois tivemos um “nobre” visitante.

Asmodeus em pessoa, em uma forma “angelical”, apareceu para todos. Quis ser um amigo, um pretenso aliado, e conversou com o grupo. Nessa parte, só soube o que me explicaram, pois há alguns séculos antes, eu e Asmodeus nos enfrentamos em campos de batalha diferentes, e usei todo meu arsenal mágico para que ele não soubesse que eu estava lá. Minha sorte é que ele não é uma divindade plena, senão esse tomo não estaria escrito…

Asmodeus estava muito curioso sobre o que os heróis estavam ali, e detectou uma semente de maldade no coração de alguns dos aventureiros. Ele viu alí uma forma de ter um grupo a sua disposição, um grupo forte (heróis explorando os Infernos, quem diria!), e tentou seduzir os aventureiros. Não satisfeito, convidou-os para sua cidadela, Nessus, para um “chá da tarde informal”.

Claro que era uma armadilha! Sabíamos que a alma de Elminster estava com Asmodeus, mas não sabíamos se realmente estava com ele! Colocamos nossas cabeças para pensar, e descobrimos que existia duas possibilidades: Asmodeus estaria com a alma de Elminster junto a ele, ou ele esconderia em um local que nem seus subalternos encontrariam.

Asmodeus tinha um cofre, uma cidadela chamada Tabjari. Essa cidadela é proibida para os diabos, e ninguém vivo ou morto poderia ir lá, pois nessa cidadela estava guardada todos os tesouros de Asmodeus, e um item chamado Pacto Primeval, um tomo maligno preso em um rubi de quase 30 toneladas, onde estava registrado dados que mortais nem sonham o que são. Nosso foco não era esse, e sim achar Elminster.

Temendo que o grupo estivesse sendo perseguido magicamente por Asmodeus, decidimos apostar e dividir o grupo: uma parte (a mais furtiva e preparada magicamente) iria para Tabjari procurar por Elminster, enquanto a outra parte (voltada para combate e para dissimulação) iria conversar com Asmodeus. Seria uma ação simultânea, pois enquanto um grupo procurava no cofre de Asmodeus, o outro grupo distraia ele de alguma forma. Um plano perfeito!

Segui com uma parte dos Libertadores para Tabjari, um local esmo e sem guardas. Na cidadela que reluzia como cobre, no átrio central, riquezas incalculáveis. Sabíamos que, se algo fosse tirado do lugar, atrairia a atenção de Asmodeus. Procuramos a alma de Elminster, que sabíamos que deveria estar em algum recipiente transparente, como uma garrafa. Essa procura demorou dezenas de minutos, e teve um desfecho inesperado.

Enquanto isso, dentro do Castelo de Nessus, os aventureiros foram atingidos por uma melancolia mágica que não puderam resistir, incapacitando-os de falar, exceto a uma dos aventureiros: Chrystall. Ela conversou e distraiu Asmodeus conforme o plano, e até negociou com ele de forma audaz, e se não fosse por ela, ele teria descoberto o plano todo, e estaríamos em seu poder.

Enquanto isso, nosso sábio mas não perspicaz clérigo, Oskar, pegou por instinto uma moeda que ficara presa em sua bota. Isso ativou a segurança mágica do local, invocando uma besta destruidora que eu só tinha visto em relatos nada sóbrios de viajantes e aventureiros: um Tarrasque!

A luta foi quase perdida, mas conseguimos achar a garrafa e libertar o espírito de Elminster! Quase a tempo do monstro devorar nós todos. Formos salvos por um milagre! Oskar apelou para sua divindade, Marthammor Duin, que salvou a todos, levando-os para os portais de Nessus.

Ao mesmo tempo, Chrystall consegue ludibriar Asmodeus, e levando seus amigos catatônicos para fora, se encontra com os pilhadores. Com a alma libertada de Elminster, o aprendiz dele, Everond, se comunica com eles, e pedem para voltarem para o Plano Material. Todos decidem ir para a maior cidade de Faerüm: Waterdeep. Finalmente estávamos fora dos Infernos.


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EPÍLOGO 

Encerro aqui esses tomos. Em anexo tem anotações de locais, compartilhado pelos Libertadores. Estou feliz em compartilhar isso com quem quiser ler, pois sei que não formos os primeiros, nem seremos os últimos, a desbravar os Infernos. É um local caótico, doentio, e de dor, mas também um local cheio de oportunidades e tesouros não explorados. Tenham ciência que certas magias não funcionam, e certas moralidades também não. Vá com local para dormir, e busque confiar em seus amigos, exceto quando eles enlouquecem, então é hora de purificá-los.

Estou deixando agora os Libertadores em uma taverna em Waterdeep. Eles prometem comemorar por pelo menos uma dezena. Eles merecem. Vou fazer uma visita a minha irmã, Laeral, na Torre Blackstaff. Temos muitas coisas para conversar.

Que Selûne proteja a todos!

Storm Silverhand



Saudações aventureiros!

A jornada dos Libertadores nos Infernos terminou, e na última sessão o desfecho foi chocante para todos! Mas claro que esse relatório de campanha será explicado em outra postagem. Atualmente os aventureiros estão no 17º nível, e partirão para o final da Campanha. O que será que os aguardam?

E se quiserem ler o texto anterior, é só clicar aqui.

E rolem dados!

 

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